Prevenção é a solução Dia Nacional da Mamografia
05/02/2021
A simples atitude de palpar os seios no banho, ou ao aplicar hidratante na pele pode ser determinante. O chamado autoexame das mamas deveria fazer parte da rotina de todas as mulheres, uma vez que quando algo “fora do comum” é percebido, a identificação para um diagnóstico precoce pode salvar vidas.
Hoje, é o Dia Nacional da Mamografia. A data foi criada para reforçar a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. O rastreamento faz toda diferença no tratamento, pois quando detectada precocemente, a doença tem até 95% de chances de cura.
No entanto, na fase inicial da doença o tumor pode ser muito pequeno, podendo ter menos de um centímetro de tamanho, nesse caso, a doença só será detectada por um exame de imagem, como a mamografia. Por isso, é importante que a mulher vá ao ginecologista ao menos uma vez por ano e faça seus exames de rotina periodicamente.
De acordo com Marcela Balaro, especialista em radiologia no Instituto Nacional do Câncer (Inca), não existe um consenso mundial sobre a idade e a periodicidade dos exames para a investigação do câncer de mama nas mulheres assintomáticas. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam mamografia a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia a partir dos 40 anos, anualmente. Antes disso, pode-se realizar o ultrassom das mamas também como forma preventiva.
O principal método para diagnóstico do câncer de mama é a mamografia digital, que identifica lesões muito pequenas, muitas vezes não palpáveis. O exame funciona como uma radiografia da mama e o equipamento utiliza radiação de baixa energia (Raios-X).
A compressão da mama é necessária porque melhora a qualidade da imagem, permitindo que todos os tecidos fiquem totalmente visíveis. "Apesar do desconforto, a compressão é rápida e não gera qualquer lesão na mama, sendo imprescindível para o diagnóstico preciso", esclarece Marcela.
Na ultrassonografia das mamas, as imagens são formadas por ondas sonoras de alta frequência, sem o uso de radiação ionizante. Ao contrário da mamografia digital, este exame não gera desconforto ao paciente. "É uma importante ferramenta complementar à mamografia e à tomossíntese mamária no rastreamento do câncer de mama, principalmente nas pacientes com mamas densas, pois a densidade mamária não altera a sensibilidade desse exame", explica.
Por isso, a ultrassonografia permite diferenciar nódulos sólidos de cistos, o que é fundamental para definir o diagnóstico das doenças mamárias. A tecnologia mais recente no diagnóstico do câncer de mama é a tomossíntese mamária, que possibilita a visualização tridimensional (3D) da mama. O exame permite o diagnóstico precoce com menor exposição à radiação, utilizando um tubo de raio-x em movimento para captar imagens mais finas e em diferentes ângulos. "O posicionamento e a compressão são os mesmos da mamografia digital, podendo os dois exames serem realizados ao mesmo tempo", revela a médica.
A técnica vem ganhando destaque porque contribui para a diminuição do número de falsos positivos e de "call backs", casos em que mulheres precisam refazer o exame.